Eleições

João Roma eleva o tom contra o PT e pede voto casado em ACM Neto e Bolsonaro

"Vamos varrer o PT da Bahia e do Brasil", disse Roma em discurso nesta quinta-feira (6), em Vitória da Conquista

Reprodução/Facebook
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Se pessoalmente a relação entre João Roma e ACM Neto anda estremecida, politicamente parece que as afinidades voltaram a falar mais alto. O ex-ministro da Cidadania, e derrotado no primeiro turno com 9% dos votos, tem feito acenos públicos à candidatura do ex-prefeito de Salvador e antigo aliado, como objetivo para derrotar o PT.

Em cima de um palanque em Vitória da Conquista, João Roma, que foi chefe de gabinete de Neto na gestão na capital baiana, elevou o tom contra o PT e pediu o voto casado em ACM e no presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Vamos varrer o PT da Bahia e do Brasil", disse Roma, que escreveu a frase no vídeo publicado no seu perfil no Instagram, na noite desta quinta-feira (6).

Roma destacou que mesmo com a rejeição na Bahia a Bolsonaro, o presidente tratou "com respeito e carinho", e relacionou os governos petistas à países como Cuba, Venezuela e, genericamente, á "África".

"O que estou tratando não é do meu umbigo, mas do futuro da Bahia e do Brasil. No segundo turno é Bolsonaro e ACM Neto. Vamos unr as forças para que o Brasil que hoje está vivendo a realização de uma promessa que era de ser uma grande nação", declarou Roma.

ACM Neto, por outro lado, tende a manter a neutralidade adotada desde o primeiro turno em relação à eleição nacional. Sabendo que o estado é o segundo do Brasil em proporção de votos para Lula (PT), o ex-prefeito evita a todo custo ser relacionado diretamente a Bolsonaro.

Roma chegou a dizer que só apoiaria Neto caso houvesse a contrapartida de um gesto favorável à reeleição do presidente, o que não aconteceu. O União Brasil decidiu liberar os correligionários e deixou nas mãos de ACM Neto a decisão por um apoio formal a um dos candidatos.

Mas, mesmo sem o gesto do antigo aliado, Roma parece já ter iniciado a campanha em favor do voto Neto-Bolsonaro na Bahia, na esperança de ajudar a reverter no segundo turno a vitória do PT no pleito estadual, com Jerônimo Rodrigues, e nacionalmente com Lula.