Após a PM prender o policial militar suspeito de participar das mortes dos dois jovens das comunidades pataxó no extremo sul da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues foi questionado sobre a investigação do caso. Segundo o chefe do Executivo baiano, o trabalho de inteligência da Polícia Militar da Bahia foi essencial para resolução do crime.
“Desde o início [do caso] determinamos que aumentassem as tropas civil e militar. Nos reunimos em Brasília com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, da Justiça, Flávio Dino e a ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara, pois como é uma área federal não podemos fazer intervenção sem autorização judicial. Mas, o trabalho de inteligência descobriu esse suspeito, está preso e continuaremos as investigações”, ressaltou o governador na manhã desta quinta-feira (2) durante os festejos de Iemanjá no Rio Vermelho.
Nawir Brito de Jesus, 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21, estavam em uma moto sem placa quando foram atingidas por tiros quando estavam entre o Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas por um grupo indígena no processo de retomada feito pelo povo pataxó.
Os disparos foram efetuados por homens em uma moto e as vítimas atingidas pelas costas.
Um policial militar, que não teve o nome revelado foi preso depois de se apresentar à Polícia Civil na última segunda-feira (30), em Teixeira de Freitas.