Pré-candidato ao Governo da Bahia, o ex-secretário de Educação Jerônimo Rodrigues (PT) justificou a postura adotada no estado diante da pandemia de Covid-19, em relação ao ensino remoto.
Foi 1 ano e meio sem aulas após o governo optar por não articular o ensino remoto. Segundo o petista, a falta de acesso à internet e características particulares da Bahia, com predominância de municípios menores e rurais, foi determinante para a estratégia adotada.
"Fizemos outra opção, de enviar material para os estudantes, mantivemos contato com todos, criamos o vale-alimentação estudantil […] o brasil não se preparou, tínhamos dificuldade de internet, acesso a computadores, isso dificultaria muito", explicou Jerônimo na sabatina UOL/Folha, na manhã desta sexta-feira (27).
"Uma quantidade muito grande de alunos não poderia acompanhar o processo da educação, foi o que nós optamos, e foi uma decisão corajosa", completou.
Jerônimo aproveitou para criticar a prefeitura de Salvador, comandada por 8 anos por ACM Neto (UB), seu provável rival e primeiro colocado nas pesquisas de intenções de voto, pela falta de creches infantis.
As creches são de responsabilidade do município e Jerônimo afirmou que a Prefeitura de Salvador não assume o seu "papel" na educação na capital.
"Não temos creches suficientes. Se tem educação infantil em Salvador, é graças às creches comunitárias", resumiu.