O senador baiano e presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner (PT), considera uma paralisia do governo federal na regulamentação do mercado de carbono no Brasil e da falta de clareza na posição que o país vai apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26). Wagner defendeu nesta quarta-feira (6) o protagonismo do Congresso Nacional no avanço da pauta ambiental. A conferência acontece a partir de 31 de outubro, em Glasgow, na Escócia. As informações são da Agência Senado.
Por sugestão do senador, a CMA aprovou requerimento para que os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, e das Relações Exteriores, Carlos França, exponham os planos do governo sobre o tema.
“Estamos a menos de um mês do início da COP-26 e até agora é desconhecida a posição do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério de Relações Exteriores levarão para a COP. Qualquer acordo assinado terá que ser referendado por esta Casa. Não pode ser feito à revelia da sociedade”, declarou Jaques Wagner.
Para buscar uma imagem favorável para o Brasil no campo ambiental, o presidente da CMA seguirá junto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e outros senadores em uma comitiva que participará, no próximo final de semana, de reunião preparatória de parlamentares em Roma, a pré-COP 26. “Nós estaremos lá como representantes do Legislativo no esforço para que a posição do Brasil não continue na linha de exceção”, acrescentou o petista.