O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a devolução de seu passaporte, com base em manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A retenção do passaporte visa evitar que Bolsonaro deixe o país, o que poderia prejudicar investigações criminais em andamento. Moraes ressaltou que as diligências estão em curso, tornando prematuro remover a restrição.
A apreensão do passaporte de Bolsonaro ocorreu no contexto da operação Tempus Veritatis, que investiga uma possível trama golpista no governo anterior. Recentemente, o liberal solicitou a devolução do passaporte para uma viagem a Israel, alegando convite oficial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Em fevereiro, o ex-presidente ficou hospedado na Embaixada da Hungria em Brasília, período em que seu passaporte estava retido. A área da embaixada é considerada inviolável pelas autoridades brasileiras, o que poderia garantir imunidade a Bolsonaro contra um eventual mandado de prisão.
Ademais, o ex-presidente possui uma relação próxima com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, tendo sido recebido por ele em diversas ocasiões. Esses laços estreitos entre os dois líderes têm gerado controvérsias e levantado questões sobre a conduta de Bolsonaro.
*Com informações da Agência Brasil