O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o Judiciário após, na segunda-feira (7), entrar com um recurso, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra a decisão da Corte que o deixou inelegível por oito anos – o acórdão da medida foi publicada pelo órgão na semana passada.
A defesa do liberal, conforme a Folha, argumenta que ele teve o direito à ampla defesa cerceado com o indeferimento de prova testemunhal. Além disso, os advogados contestaram a inclusão da “minuta do golpe” no processo, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres.
A defesa diz que nem a Casa Civil, nem o Ministério das Relações Exteriores, nem a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Presidência se envolveram na preparação da reunião com os embaixadores, e que isso demonstra que não houve uso da máquina pública.
O ex-presidente foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A Justiça Eleitoral entendeu que a concepção e a realização da reunião com embaixadores, combinada à transmissão pela TV Brasil, potencializaram “efeitos da massiva desinformação a respeito das eleições”.