O Ministério Público Federal (MPF), através do procurador da República Júlio Cesar de Almeida, instaurou um inquérito civil público para apurar a suposta malversação de verba da União para o combate ao coronavírus na cidade de Itanhém, na Bahia. O mau uso do dinheiro público teria sido no montante de R$ 5 milhões.
Segundo o MPF, o recurso chegou às contas da cidade na gestão da agora ex-prefeita Zulma Pinheiro (MDB). Zulma tentou se reeleger, mas perdeu o pleito para Mildson Medeiros (PSD). A inconsistência foi apontada ao MPF pelo Conselho Municipal de Saúde.
A cidade de Itanhém teve 1.881 casos de Covid.
Outros processos – Em 2017, Zulma, enquanto prefeita, contratou como médica dermatologista Dayana Ramalho Vieira, mulher de seu irmão Magno Pinheiro dos Santos e também cunhada dos secretários municipais Álvaro Pinheiro dos Santos e Newton Pinheiro dos Santos. Pela prática de nepotismo, a política foi multada em R$ 5 mil e determinou a restituição aos cofres municipais da quantia de R$70,6 mil com recursos pessoais, referentes ao pagamento de valores destinados à contratada por serviços não comprovadamente realizados (R$70 mil) pela médica e alusivos à concessão de diárias (R$ 660,00) sem respaldo contratual.