Política

Isidório diz que não tem motivo para pedir perdão a Érika Hilton e 'prevê' legalização da zoofilia

"O país é laico para todo mundo. Pegue uma cédula de dinheiro e veja se não tem "Deus seja louvado". Vá no STF e Tribunais e veja se não tem uma bíblia. O país é laico, mas respeita a fé. Temos o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Aí vamos dizer que é laico, que não pode? Você chega no Corpo de Bombeiros em Santa Bárbara e ali dentro estão cortando quiabo...ali não é espaço público, não? No Dique não tem orixá? Aí não serve? aí o Estado não é laico? Daqui há pouco vão querer que zoofilia seja família, mas não é família. Se a lei disser que o homem com a 'jega' é família, vamos ter que respeitar a lei, mas família será sempre o homem que nasce homem e a mulher que nasce mulher. As demais formas serão respeitadas", disse. 

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Pré-candidato à prefeitura de Salvador e deputado federal, Pastor Sargento Isidório (Avante) afirmou que não tem motivo para pedir perdão à deputada Érika Hilton (PSOL-SP). Mulher trans, a parlamentar foi chamada de "senhor" por Isidório durante uma discussão sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo. Érika processou Isidório e pediu uma indenização de R$ 3 milhões. 

"Eu nunca me dirigi àquela pessoa. Vivo ali há muito tempo com todo mundo. Estou no segundo mandato, pode perguntar lá. Não tenho motivo pra me arrepender. Nunca me dirigi àquela pessoa. Tenho discussões, mas com respeito. Não agredi, não agrido. Se alguém disser que eu agredi ou ele ou ela, não tenho problema. O problema com o PSOL vem lá de trás. Um outro parlamentar ali criou problema comigo, me processou, mas tenho um Deus, respeito. A briga deles ali é sobre a união homoafetiva. Eu sou pastor, tenho minha fé, mas entendo que não tem nada a ver. Se homens e mulheres convivem e estão juntos, isso é antigo, de muito tempo. É um direito. Se um desaparece, os direitos civis. Discuto casamento, pois até pela Constituição é homem e mulher e a minha fé… mas repito, eles precisam ter o reconhecimento de Estado, pagam imposto, são pessoas humanas, precisam e devem ser respeitados. Todos sérios, a maioria. Tenho vários amigas lésbicas, homens gays", afirmou, à Salvador FM. 

O deputado disse, entre outras coisas, que, em breve, a zoofilia será elevada à condição legal e a "união" sexual entre humanos e animais será normalizada. Hoje, o Código Penal não criminaliza especificamente a prática de sexo com animais, mas a lei de crimes ambientais tipifica os maus tratos e afins. 

"O país é laico para todo mundo. Pegue uma cédula de dinheiro e veja se não tem "Deus seja louvado". Vá no STF e Tribunais e veja se não tem uma bíblia. O país é laico, mas respeita a fé. Temos o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Aí vamos dizer que é laico, que não pode? Você chega no Corpo de Bombeiros em Santa Bárbara e ali dentro estão cortando quiabo…ali não é espaço público, não? No Dique não tem orixá? Aí não serve? aí o Estado não é laico? Daqui há pouco vão querer que zoofilia seja família, mas não é família. Se a lei disser que o homem com a 'jega' é família, vamos ter que respeitar a lei, mas família será sempre o homem que nasce homem e a mulher que nasce mulher. As demais formas serão respeitadas", disse. 

Com nome à disposição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para concorrer à prefeitura da capital, Isidório disse que a entrada na disputa tem como objetivo alavancar a sua legenda. "Faço parte de um grupo. Todo quartel, toda companhia, todo local, toda rádio tem um comando. Podem vir vários radialistas, podem vir vários âncoras, mas tenho convicção que essa democrática rádio tem um comandante. Eu estou deputado, ninguém é nada, está lançada a candidatura pelo partido, que tem que eleger vereadores e vereadoras. O PT já fez isso, ao lançar nosso companheiro Robinson Almeida, e não sei se outros farão. Tem outros nomes muito importante, mas quem vai definir e orientar esse baba são os três capitães, Wagner, Rui e Jerônimo. Então, por enquanto vamos lançando pré-candidatura, discutindo Salvador, qual o caminho a ser pautado, o programa de governo, o que a gente pensa", indicou.