Ex-vocalista do Olodum, hoje cantor gospel, Irmão Lázaro (PSC) logrou um feito em 2014: só com o prestígio de artista, com 161.438 votos, foi o terceiro deputado federal mais votado, só atrás de Lúcio Vieira Lima (222.164) , do MDB, e Negromonte Jr. (169.215), do PP.
Irmão Lázaro agora em 2018 quer protagonizar outro algo mais ousado, mais próximo de um fenômeno: chegar ao Senado, integrando uma chapa forte, no caso a de Zé Ronaldo, ou só.
Lázaro enfrenta a resistência do PSDB, partido que tem o deputado Jutahy Júnior na disputa do Senado e parece querer evitar a concorrência amiga. Ele diz que tem mantido conversas com a cúpula do DEM e acha que vai dar tudo certo.
— Temos conversado, sim. Mas tais decisões demando tempo. O meu desejo é estar na chapa, mas se não der, seremos candidato independente, apoiando Ronaldo do mesmo jeito.
Para sair independente, Irmão Lázaro não tem apoio de outros partidos, mas se diz muito confiante:
— As manifestações que tenho recebido de amigo me estimulam a seguir em frente.
Lázaro também diz que ainda não tem preferência presidencial. Embora seja amigo de Jair Bolsonaro, quem vai decidir isso é o partido. E a Prefeitura de Feira de Santana em 2020?
— O PSC, o meu partido, tem o desejo de crescer. Mas se eu me eleger senador, com certeza serei senador.
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