Investigado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na Operação Pandemia, que aputa o desvio de recursos públicos, por meio da contratação de entidade fantasma, sem capacidade técnica ou profissional para a prestação de serviços no Hospital Santa Clara, o vereador Maurício Trindade (PP) faturou a presidência da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Salvador (CMS). Ele foi um dos alvos da primeira fase da operação, em dezembro de 2022.
A nomeação para a presidência do colegiado foi publicada hoje no Diário Oficial do Legislativo. De acordo com o MP-BA, a contratação, realizada em agosto de 2020, foi destinada pela Prefeitura de Salvador para atendimentos de pacientes com Covid-19 na unidade de saúde. O contrato, estimado em um total de R$ 18,6 milhões, teve por objeto a prestação de serviços relacionados ao tratamento ambulatorial e à internação durante a pandemia do coronavírus. A prefeitura pagou efetivamente à contratada valor superior a R$ 1,5 milhão, segundo o Bahia Notícias.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais de sete investigados, sendo quatro na capital, incluindo a casa do vereador Maurício Trindade, dois em Lauro de Freitas, três em Feira de Santana e dois em Teixeira de Freitas, na Bahia; dois mandados de busca e apreensão no Município de São João D'Aliança, no estado de Goiás; e um em Brasília. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador. Foram apreendidos celulares, pendrives, computadores e documentos.