O vereador Leo Prates (DEM) ganhou o voto de 40 dos seus 43 edis de Câmara Municipal para assumir a presidência da Casa pelos próximos dois anos.
Com um orçamento de R$ 160 milhões para 2017, um dos maiores obstáculos para manter o elevado apoio, na opinião do próprio gestor, é administrar as finanças em um período de crise. Já entre a bancada de oposição, o maior pedido é pela garantia da independência em relação ao executivo.
Prates e o prefeito ACM Neto mantém uma relação próxima e integram o mesmo partido político. "A gente espera, por exemplo, que os projetos de lei cumpram o calendário, a tramitação prevista no regimento, e que sejam debatidos", destaca Aladilce Souza (PCdoB), que apoiou o presidente eleito da Casa.
Na última legislatura, o governo conseguiu aprovar 100% dos projetos enviados ao Legislativo. Concorrente de Prates na eleição desta segunda, Marta Rodrigues (PT) reforça o pedido de diálogo.
"Este poder não pode estar atrelado ao executivo, tem que ter autonomia, tem que ter transparência", defendeu a vereadora, que reassumiu um posto na Câmara neste domingo (1º).
O outro candidato na eleição, Hilton Coelho (PSOL), avalia que Prates tem dado sinalizações de que pretende fazer um diálogo com a oposição superior ao que vinha sendo feito, mas que "ainda é cedo para avaliar". Os integrantes da Mesa Diretora eleita voltam suas preocupações para a questão econômica.
Passando de 1º secretário para 2º vice-presidente, Kiki Bispo (PTB) afirma que a gestão de Léo Prates deve prezar pela austeridade: "O país tem cobrado isso das gestões públicas". Cláudio Tinoco (DEM) também destaca o papel da opinião pública.
"Há uma exigência da população sobre o cenário político do Brasil por maior ética, maior transparência e isso não é simples", disse o vereador, que vai deixar a Câmara para assumir como secretário de Cultura e Turismo.
Agora antecessor de Prates na presidência, Paulo Câmara (PSDB) prefere o viés político para aconselhar Prates e ressalta que o apoio dos demais vereadores é fundamental: "O presidente sozinho não faz nada".
(Bahia Notícias) (AF)