Um mês após assumir a Prefeitura de Ilhéus (sul da Bahia), Valderico Júnior (União) decretou situação de emergência administrativa no município. O anúncio foi feito na sexta-feira (31) à noite. A medida foi publicada no Diário Oficial e assinada pelo chefe do Executivo ilheense e pelo secretário de Gestão, Cristiano Carvalho.
Entre os motivos para a medida, o decreto considera o estado de abandono deixado pela gestão anterior – Marão (PSD) – na área administrativa, incluindo processos licitatórios não iniciados ou não concluídos, precariedade da estrutura básica – como prédios públicos, equipamentos e serviços de informática –, existência de contratos com indícios de irregularidades, além do desabastecimento de alimentos, ferramentas, EPIs e itens de higiene e limpeza.
De acordo com o documento, o objetivo é viabilizar a adoção de medidas urgentes para garantir o atendimento à população e a continuidade dos serviços públicos. O prazo previsto é de 90 dias, com possibilidade de prorrogação.
No período da vigência do decreto, ficaram autorizadas contratações emergenciais para aquisição de bens e serviços essenciais à administração pública, sempre em conformidade com os princípios da legalidade, probidade administrativa, responsabilidade e transparência.
Além disso, no documento também consta a apuração das causas que levaram à situação emergencial do município, com o encaminhamento dos resultados aos órgãos competentes.
O decreto número 329/2025 pode ser conferido clicando através deste link.
Emergência na saúde de Ilhéus foi decretada em janeiro
Nos primeiros dias de gestão, Valderico Junior (União), decretou estado de emergência na saúde pública da cidade. A decisão foi oficializada no Diário Oficial do Município. Segundo a Prefeitura, o decreto reflete a situação de abandono deixada pela gestão anterior e visa permitir a implementação de ações urgentes para garantir o atendimento à população.
A administração local aponta diversos problemas críticos na área da saúde, como o precário estado da frota de ambulâncias – com apenas duas em funcionamento – e o desabastecimento generalizado de medicamentos. Além disso, a gestão informou que os almoxarifados da Secretaria de Saúde e as unidades de saúde estão vazios, e que a cidade enfrenta débitos milionários com servidores e prestadores de serviços, como médicos.
A situação financeira também é alarmante, com o saldo nas contas bancárias da Secretaria de Saúde abaixo de R$ 4 mil, o que dificulta o pagamento de funcionários.