Um homem de 44 anos foi detido neste domingo (11) ao tentar pular o muro da casa do presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, segundo a Polícia Militar. A assessoria de imprensa da corporação informou que o homem foi detido com um pedaço de madeira que usou para “danificar” o portão. Ele foi liberado após assinar um termo circunstanciado.
Michel Temer viajou de Brasília para São Paulo, onde tem residência e onde a família dele mora, na noite de sexta-feira (9). Ele embarcou de volta pra Brasília no fim da manhã deste domingo. Na segunda-feira, Temer tem na agenda dois eventos em São Paulo. O G1 não conseguiu entrar em contato com a assessoria de imprensa do presidente.
A Polícia Militar não deu detalhes sobre o homem detido, mas afirmou que ele dizia palavras desconexas quando abordado pelos policiais. O suspeito foi encaminhado para o 14º Departamento de Polícia, em Pinheiros, onde, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como dano e perturbação do sossego.
Temer citado em delação
Na última sexta-feira, o G1 e a TV Globo tiveram acesso ao acordo de delação premiada do executivo Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira Odebrecht. No acordo, Filho relatou ao Ministério Público Federal (MPF) que o presidente Michel Temer pediu, em 2014, dinheiro ao empreiteiro Marcelo Odebrecht.
Melo Filho é um dos 77 executivos da empreiteira que assinaram acordo de delação premiada com o MPF. A informação de que Temer solicitou à Odebrecht dinheiro para campanhas eleitorais do PMDB está em material entregue pelo executivo nos termos de confidencialidade – espécie de pré-delação que antecede a assinatura do acordo.
Em nota, o Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer "repudia com veemência" o conteúdo da delação de Melo Filho.
O delator diz nos termos de confidencialidade que, em maio de 2014, quando Temer ocupava a Vice-Presidência da República, compareceu a um jantar no Palácio do Jaburu (residência oficial da Vice-Presidência, em Brasília), com a participação do atual presidente, do dono da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e de Eliseu Padilha.
Na reunião, afirma Melo Filho, Michel Temer solicitou "direta e pessoalmente" a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas do PMDB em 2014.
"No jantar, acredito que considerando a importância do PMDB e a condição de possuir o vice-presidente da República como presidente do referido partido político, Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10 milhões", diz o executivo.
Reprodução; G1