Para não perder a tradição, o governador Rui Costa (PT) voltou a usar a sua principal parábola, nesta quinta-feira (12), na Lavagem do Bonfim, ao ser provocado por jornalistas em eventos públicos a se posicionar sobre temas espinhosos (veja aqui, aqui, aqui e aqui também).
Indagado pelo bahia.ba se o Estado está preocupado com a onda de rebeliões em presídios no Norte do país, que deixaram mais de 90 mortos no início do ano, o petista se esquivou de forma clássica: “hoje não é dia de falar de rebelião, é dia de falar de fé, de paz e de tranquilidade”.
Mais cedo, à própria reportagem, o secretário de Assuntos Penitenciários e Ressocialização, Nestor Duarte, falou das ações da pasta para evitar massacres, admitiu déficit de vagas para presos e estimou que em dois meses, com a inauguração de novos presídios, o déficit será zerado.
Lula – Pouco antes da pergunta feita pelo site sobre presídios, Rui comentou tranquilamente sobre a sua ausência no evento feito pelo Movimento dos Sem-Terra para Lula, nesta quarta (11), no Parque de Exposições, em que o ex-presidente anunciou o desejo de ser novamente candidatoao Palácio do Planalto.
Em uma fala longa, o governador afirmou não haver dúvidas quanto ao seu posicionamento político. “Se ele quiser ser candidato será o meu candidato, sem dúvida nenhuma. Não tenho dúvida em afirmar que a história consolidará isso: o período de oito anos do governo Lula foi o melhor período da história do Brasil. Aliás, não sou eu só quem estou dizendo, eu sou parcial para dizer porque eu sou filiado ao PT. Eu sugiro que vocês olhem o relatório do Banco Mundial sobre Brasil, ente absolutamente insuspeito, considerado até neoliberal, que diz que o Brasil na época de Lula foi o período de ouro da República”, citou.
Durante o cortejo entre a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e a Igreja do Bonfim, o deputado federal Valmir Assunção, que é membro do MST, aliado e correligionário de Rui, revelouque o chefe do Executivo baiano só esteve com Luiz Inácio, durante a sua passagem por Salvador, por 30 minutos, na despedida do aeroporto.
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