O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), esteve na manhã desta sexta-feira, 16, no 1º Distrito Naval do Rio de Janeiro, onde permaneceu reunido por aproximadamente duas horas com o comandante da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal Ferreira. Bolsonaro disse que o comandante da Marinha chegou a ser convidado para o Ministério da Defesa, mas declinou do convite por razões familiares.
"(O almirante Leal Ferreira) não se afastará do meu radar. Sempre o procurarei para que boas decisões sejam tomadas, em especial na área aqui da Marinha", disse o presidente eleito.
Questionado sobre os futuros comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica, Bolsonaro disse que o tema está sendo tratado pelos generais Augusto Heleno (futuro ministro do Gabinete da Segurança Institucional) e Fernando Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa.
"Não é uma escolha minha. Quem realmente vai trabalhar com os comandantes será o general Fernando. A ele cabe a grande responsabilidade de indicar. Obviamente, como é praxe em nosso meio das Forças Armadas, eles vão ouvir os atuais comandantes para escolher, não digo o melhor, porque todos os quatro estrelas são competentes e estão aptos a cumprir a missão, mas aquele que melhor se encaixa no atual cenário nacional", completou o futuro presidente.
Questionado sobre a carta que os governadores enviaram ao futuro governo com reivindicações, Bolsonaro disse que ainda não teve tempo de estudá-la. "A carta dos governadores ainda não tive a oportunidade de estudar, juntamente com o Paulo Guedes. Li, mas não estudei com o Paulo Guedes ainda para dar uma resposta aos senhores", afirmou o presidente eleito, na última resposta antes de encerrar uma breve entrevista dada após a reunião.
Estadão // AO