Em entrevista à Tribuna, o ex-prefeito de Camaçari, Helder Almeida (DEM), minimizou a demora de o governo estadual liberar sua licença do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Inema) para que ele pudesse assumir a Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia. “De forma nenhuma teve perseguição por parte do governador. Isso é assim mesmo. Demora. É trâmite burocrático mesmo”, afirmou o democrata.
Embora sua nomeação no Incra tenha sido publicada no Diário Oficial da União em 11 de julho, Helder explicou que a portaria definitiva da designação saiu apenas em 15 de agosto último. “Eu tive ainda que voltar para o Inema, porque eu estava na Assembleia Legislativa. Então eu tive que reassumir meu cargo no Inema e ser afastado para ficar liberado para tomar posse no Incra”. O democrata é servidor de carreira (concursado) no Inema. Indicação de Helder Almeida faz parte da cota baiana de cargos no governo de Michel Temer (PMDB).
Ainda em entrevista à Tribuna, Helder apontou os desafios que terá à frente do Incra no Estado. “Vamos fazer um mapeamento para diagnosticar a viabilidade de implantação dos assentamentos de terra. Hoje, temos 600 áreas liberadas para assentamento na Bahia. Mas isso vai muito além do que simplesmente demarcar a área e assentar as pessoas. Não é assim.
O governo precisa dar infraestrutura a essas pessoas que vão passar a viver ali. As pessoas precisam ter energia elétrica, água, esgotamento sanitário e precisam ter renda para sobreviver. É complexo. Precisamos de crédito para fazer esses investimentos. Vamos priorizar as áreas mais viáveis de imediato. Os movimentos sociais encaminham suas pautas e daí a gente já tem uma noção da estrutura da área”, discorreu Helder Almeida.
Reprodução: Triubuna da Bahia