Política

Haddad afirma que Bolsa Família fora do teto de gastos não descarta PEC fura-teto

De acordo com o futuro ministro, a decisão traz conforto, mas não soluciona problemas orçamentários

Reprodução
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O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirma que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de permitir o pagamento do Auxílio Brasil (futuro Bolsa Família) fora do teto de gastos traz conforto aos beneficiários, mas não substitui a PEC fura-teto.

“Nós vamos continuar na mesa discutindo o que é melhor para o país. Isso dá conforto para os beneficiários do Bolsa Família que não é por desentendimento no Congresso Nacional que eles ficarão desamparados“, disse no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

Segundo Haddad, a destinação de verbas para o programa é um dos único propósito da PEC, mas existe uma série de problemas orçamentários deixados pelo governo, de Jair Bolsonaro (PL), que precisam de correção.

“Nós temos um problema, por exemplo, na Previdência Social que foi feito durante o processo eleitoral. Retiraram os filtros do cadastro e colocaram todo mundo para dentro. Isso dá impacto entre R$ 16 bilhões e R$ 22 bilhões“, disse.

O petista diz ainda que serão anunciadas medidas para controlar o volume de gastos do governo ainda no início da sua gestão na Fazenda. “O que nós queremos é transparência, institucionalidade e robustez para dar clareza para o país como é que nós vamos resolver o rombo gerado pelo governo Bolsonaro“, disse.