Pré-candidata á presidência da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão afirmou que os rumos da Ordem são decididos em um grupo formado por “três pessoas”, sem discussão com demais membros da direção. Essa postura fez com que ela rompesse com a atual gestão, comandada por Fabrício Castro.
“Por uma questão de lealdade comigo, com meu compromisso com a advocacia, eu não poderia deixar de fazer a ruptura e me submeter a um mandato que iria indicar um homem. Se nós trabalhamos tanto, na hora de decidir sucessão, vamos decidir à mesa, para que todos possam escolher os representantes e não um grupo de três. A OAB ainda é machista, estruturada no patriarcado”, afirmou, ao Ligação Direta, da Salvador FM.
Ainda segundo Patrícia, a postura “não decorativa” não agradou os seus pares. “Sendo vice-presidente, eu travei batalhas invisíveis pelas mulheres. Eu sempre disse que não seria um símbolo, que eu seria a plenitude. Começa aí o meu descompasso, o meu desencontro com o grupo. Eu não interpreto personagens, eu sou intensa, eu sorrio quando sinto vontade de sorrir, não tenho discurso dissociado da prática. Quando uma mulher está na vice, ela tem responsabilidade, eu ocupei por duas vezes o posto, tenho respaldo do grupo político. A sucessão, no âmbito do gripo político que eu fazia parte, era restrita a poucos”.