Política

Governo quer parcelar bônus de megaleilão do pré-sal

Para equipe econômica, trata-se de uma 'montanha' de dinheiro para petroleiras assinarem cheque à vista

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A equipe econômica cogita dividir em várias parcelas, em anos diferentes, o futuro bônus de assinatura do "megaleilão" de petróleo que o governo busca fazer no segundo semestre, mostra reportagem de capa do Valor Econômico desta quarta-feira (28).

De acordo com o jornal, o excedente da cessão onerosa em seis blocos do pré-sal envolve cifras gigantescas e algumas estimativas mais otimistas feitas na Esplanada dos Ministérios apontam para um valor perto de US$ 40 bilhões – algo em torno de R$ 130 bilhões pelo câmbio atual.

Segundo o Valor Econômico, trata-se de uma 'montanha' de dinheiro mesmo para grandes petroleiras estrangeiras assinarem um cheque à vista — e mesmo em consórcios. Foi esse o recado recebido por integrantes do primeiro escalão do governo em conversas com megainvestidores em suas últimas idas ao exterior.

Conforme a publicação, diante da enormidade dos valores, a equipe econômica passou a entender que seria muito mais conveniente dividir o bônus de assinatura. 

Do ponto de vista das multinacionais do setor, isso favorece a entrada de mais concorrentes em um leilão. Para o governo, em vez de receber uma bolada em 2018 e enfrentar novamente problemas nas contas públicas nos anos seguintes, pode-se ter um alívio para o cumprimento da regra de ouro também em 2019. Talvez, até, nos exercícios seguintes.

Valor Econômico // ACJR