O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), avaliou que o Governo do Estado não conseguiu apresentar soluções às questões urgentes dos baianos neste primeiro ano de gestão de Jerônimo Rodrigues (PT).
“Na fila da regulação, por exemplo, a população não sente nenhuma mudança, nenhuma melhoria, é um modelo que continua levando sofrimento às famílias da Bahia. Não adianta construir hospitais se não tiver planejamento e gestão de leitos”, sinalizou Sanches, durante a última sessão plenária na AL-BA, na quarta-feira (20).
“O ano também ficou marcado pelo domínio das facções criminosas nas comunidades da Bahia. O sentimento de insegurança aumentou na população, colocando inclusive as cidades da Bahia com as mais violentas do Brasil”, emendou o líder da oposição.
O parlamentar lembrou ainda de gargalos na área da educação, como o pagamento de precatórios sem juros aos professores e a greve nas universidades estaduais em protesto à queda no orçamento ao longo dos últimos anos.
“Uma das universidades afetadas pela redução do investimento foi a de Feira de Santana, onde o governador Jerônimo já foi professor. Então a gente esperava que houvesse uma postura diferente”, pontuou.
Alan ainda questionou o modelo de operação do programa Bahia sem Fome, que funcionou como uma “gincana escolar”.
“O Governo jogou para a plateia. Um assunto tão importante como é o combate à fome só foi apresentado à Assembleia Legislativa depois de dez meses de gestão, e ainda assim sem objetivos claros e metas definidas para enfrentar a fome. Infelizmente, uma questão que tem um apelo social tão importante foi tratada como gincana escolar”.
Empréstimos, aumento de taxas e impostos
“Esse é o Governo que mais pediu empréstimos em apenas um ano, foram R$ 3,7 bilhões sem a devida transparência”, denunciou Alan Sanches, ao salientar que o valor representa quase 40% de tudo que o ex-governador Rui Costa (PT) pediu ao longo de oito anos.
“Este ano também ficará marcado pelo aumento de taxas e impostos, como o reajuste de 11,73% na conta de água logo no primeiro dia do ano, o aumento na contribuição do Planserv, reajuste nas taxas do Detran, além do segundo aumento do ICMS em dez meses”, protestou.
Outra reclamação elencada pelo líder da oposição foi sobre a falta de execução das emendas impositivas. “Esse é mais um governo que não executa o orçamento planejado, não cumpre o pagamento das emendas dos deputados de oposição, prejudicando assim o atendimento a diversos municípios da Bahia”, completou.