O Ministério da Cidadania gastou R$ 441 mil para impulsionar uma única publicação no Facebook, sobre o auxílio emergencial, em um período onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alcançou um dos menores patamares de popularidade. Ainda assim, a postagem resultou em poucas interações. As informações são da coluna de Igor Gadelha para o Metrópoles.
A postagem foi feita em 19 de julho, durante gestão de João Roma à frente da pasta. A publicação dizia que o auxílio emergencial “já beneficiou mais de 68 milhões de pessoas”. Teve apenas 172 comentários e 20 compartilhamentos.
Menos de duas semanas antes, o governo atingiu seu pior patamar de popularidade, com o instituto Datafolha mostrando que 51% da população considerava a gestão do chefe do Executivo como ruim ou péssima.
No entanto, a prática de financiamentos caros em publicações é recorrente no ministério. Desde janeiro de 2020, foram gastos R$ 4,7 milhões para alavancar 136 posts no Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter.
As postagens sobre auxílio emergencial custaram R$ 1,2 milhão, 26% do total.
Há apenas sete meses sob a gestão Roma, a pasta gastou R$ 3,6 milhões com os impulsionamentos. Sob Onyx Lorenzoni, a despesa foi de R$ 713 mil.
As informações foram passadas pela pasta à agência Fiquem Sabendo, especializada no acesso a informações públicas.