O governo vai elevar o tamanho do corte no Orçamento deste ano para acomodar um reajuste para os servidores federais. Após o anúncio na semana passada de uma tesourada de R$ 8,2 bilhões, o valor deve subir para R$ 13,5 bilhões. As pastas mais atingidas pelo bloqueio de recursos devem ser Educação, Ciência e Tecnologia e Saúde. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, os técnicos decidiram fazer um bloqueio preventivo de mais R$ 5,3 bilhões para acomodar os aumentos salariais. Os valores ainda não foram divulgados oficialmente e podem sofrer alterações até o decreto sobre o tema ser publicado no Diário Oficial da União.
O corte maior do que o previsto vem depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que, embora haja estudos para privilegiar policiais com aumentos diferenciados, a tendência do governo é conceder um reajuste de 5% para os servidores públicos neste ano.
“Está havendo críticas e ameaça de greve de outros setores, mais variados possíveis. [Então] qual a tendência? É 5% para todo mundo”, disse Bolsonaro.
No entanto, segundo apuração feita pela Folha, a reserva preventiva deve contemplar um espaço para eventual reajuste diferenciado para integrantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), carreiras que têm salários menores que a Polícia Federal (PF).
O corte não vai poupar o Ministério da Educação, que receberá uma tesourada de R$ 3,2 bilhões. Já o Ministério da Saúde deve sofrer um corte de R$ 2,5 bilhões.