O governo Jair Bolsonaro (PL) iniciou uma operação com o objetivo de convencer o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adotar propostas das Forças Armadas quanto a segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições em outubro.
As conversas entre o ministro Alexandre Moraes, que comandará a Justiça Eleitoral durante a eleição, e os ministros da ala política do Palácio do Planalto começaram há poucos dias. Com a falta de diálogo entre o Ministério da Defesa e a atual presidência da Corte, os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Fabio Faria (Comunicações) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), buscaram contato direto com o Supremo Tribunal Federal (STF).
O acordo é visto como uma solução para evitar reações de bolsonaristas descontentes no 7 de Setembro ou caso Bolsonaro perca a eleição. Os governistas afirmam que se as propostas das Forças Armadas fossem implementadas, os militares dariam aval à confiabilidade e transparência do sistema eletrônico de votação.
Com isso, Bolsonaro poderia encerrar a escalada contra as urnas, que promove de forma recorrente mesmo sem prova de fraude. Os indicativos de contestação do resultado levaram a uma grande reação da sociedade civil e um manifesto em defesa da democracia ultrapassou 100 mil assinaturas. A adesão pressionou o Planalto a procurar um acordo.