Política

Governo Bolsonaro promove novo corte de R$ 244 milhões em verbas para universidades

Recursos seriam utilizados para pagar despesas correntes como salários de terceirizados e contratantes

Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

A menos de dois meses do fim, o governo Bolsonaro tomou nova medida drástica no repasse de verbas às universidades federais.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) publicou nesta terça-feira (28) uma nota em que denuncia o corte de R$ 244 milhões em recursos destinados à manutenção das instituições públicas de ensino superior no país.

O comunicado emitido pelo  Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), do Tesouro Nacional, ainda pela tarde, enquanto ocorria o jogo do Brasil contra a Suíça pela Copa do Mundo de futebol, foi compartilhado pelas entidades nas redes sociais.

No documento, é informado pela Subsecretaria de Planejamento e Orçamento do MEC que houve deliberação “pelo bloqueio de dotações de despesas discricionárias do governo federal”.

De acordo com a Andifes, o segundo corte milionário promovido pelo governo Bolsonaro parece uma tentativa de "puxar o tapete" das universidades com o intuito de impedir que continuem funcionando, e que este valor bloqueado serveria para pagar despesas já correntes como o salário de terceirizados e demais funcionários.

O órgão pede que a decisão seja revista com o risco de causar um "prejuízo" enorme para as instituições.

"Como é de conhecimento público, em vista dos sucessivos cortes ocorridos nos últimos tempos, todo o sistema de universidades federais já vinha passando por imensas dificuldades para honrar os compromissos com as suas despesas mais básicas. Esperamos que essa inusitada medida de retirada de recursos, neste momento do ano, seja o mais brevemente revista, sob pena de se instalar o caos nas contas das universidades. É um enorme prejuízo à nação que as Universidades, Institutos Federais e a Educação, essenciais para o futuro do nosso país, mais uma vez, sejam tratados como a última prioridade", diz o texto.