Política

Governador, vice e presidente da Assembleia Legislativa podem ser cassados após pedido do MPF

Órgão apontou abuso de poder político e econômico dos três e de outros seis réus

Divulgação/MPF-RJ
Divulgação/MPF-RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o vice dele, Thiago Pampolha (MDB), e o do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil) viraram alvo de uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que pede a cassação dos mandatos dos três.

A solicitação faz parte de um processo que investiga possíveis desvios na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj).

Segundo o G1, um documento assinado pelos procuradores regionais eleitorais, Neide Cardoso e Flávio Paixão, apontou que os envolvidos praticaram "ilícitos eleitorais de abuso de poder político, econômico e condutas vedadas (…), a fim de utilizar a máquina pública, à exclusiva disposição dos investigados, para obter vantagens financeiras ilícitas com recursos públicos e lograrem êxito na reeleição ao Governo do Estado, nas Eleições Gerais de 2022".

Eles concluíram que os recursos públicos desviados foram "indevidamente utilizados" para promover suas candidaturas. Além dos três que ocupam a linha sucessória do Governo do Estado do Rio de Janeiro, também foram citados dois deputados federais, um estadual, dois suplentes e um secretário de Estado. O MPF pede que todos os acusados, com exceção de Thiago Pampolha, se tornem inelegíveis pelo período de 8 anos, a partir das eleições de 2022.

Em nota, os advogados de Cláudio Castro informaram que não foram apresentados elementos novos que sustentem as denúncias. A defesa do vice-governador, Thiago Pampolha, disse que o parecer do MPF enviado expressa que "ele não cometeu nenhum ato ilegal e que não há nenhuma prova no processo judicial que possa acarretar sua condenação".

A Alerj, por sua vez, afirmou que não existe nenhuma conduta a ser imputada ao deputado Rodrigo Bacellar, presidente do legislativo fluminense.