O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou na noite de segunda-feira (26), um ato com artistas e apoiadores no Anhembi, em São Paulo. Com transmissão ao vivo nas redes sociais, o evento contou com a presença de inúmeras personalidades do meio artístico como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Vladimir Brichta e Cláudia Abreu.
Entretanto, algumas pessoas “levaram falta”. De acordo com a coluna de Leo Dias, para o Metrópoles, a Rede Globo vetou seus contratados de participarem do showmício. A emissora fez uma reunião com uma grande quantidade de artistas e recomendou que não participassem do ato de campanha.
Segundo a publicação, a Globo também teria deixado claro que o uso da imagem dos artistas em peças de campanha estava vetado por cláusulas contratuais.
A assessoria da emissora afirma desconhecer a suposta reunião e o veto ao evento de Lula. Além disso, a Rede Globo enviou um posicionamento oficial informando que artistas ligados à Globo não estão proibidos de se manifestar politicamente, desde que não apareçam em propagandas eleitorais em rádio e TV e que não falem em nome da emissora. Confira:
“A Globo cumpre rigorosamente a legislação eleitoral e tem uma política interna sobre eleições alinhada à sua posição de neutralidade e isenção. A Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que, em questões eleitorais, se limita a realizar a cobertura jornalística das eleições, seguindo seus Princípios Editoriais. Por isso, nos períodos eleitorais, conversamos com os profissionais do nosso casting para relembrá-los sobre as regras que, entre outras restrições, impedem que contratados da empresa que desejem se candidatar estejam no ar em qualquer programa”.
“Não existe proibição de manifestações políticas pessoais dos talentos artísticos, desde que não vinculadas à Globo, inclusive em eventos presenciais e nas redes sociais. Elas não podem envolver ativos da Globo, como instalações da empresa, cenários e figurinos de personagens, etc. Não são permitidas manifestações de apoio a partido ou candidato em propagandas eleitorais no rádio e na televisão. Essas regras são essenciais para que não seja comprometida a percepção do público sobre a isenção da empresa. Aos jornalistas, no entanto, pela natureza da função, são vedadas manifestações de apoio eleitoral em quaisquer instâncias”.
