O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), teria sido "escanteado" pelo seu apadrinhado político, Carlos Muniz (PSDB), acerca da consulta pela escolha do novo partido, que foi oficializada pelo agora ex-PTB na última sexta-feira (28).
De acordo com o Política Livre, o emedebista teria sido avisado da decisão pelo tucano através de um telefonema – Geraldo Júnior, na ocasião, estaria em Brasília para participar do lançamento do São João da Bahia.
Tidos como aliados inseparáveis, Geraldo e Muniz vinham apresentando sinais de desgaste político desde a posse de Jerônimo Rodrigues (PT) ao Governo da Bahia. Além disso, questões relacionadas a cargos na Câmara Municipal de Salvador (CMS) – órgão o qual o emedebista foi o antecessor de Muniz – também teriam estremecido a relação entre os dois.
Já com relação as negociações com os tucanos, as movimentações tinham o conhecimento de poucas pessoas, a exemplo do presidente do PSDB baiano, o deputado federal Adolfo Viana, e do líder do partido na Câmara, vereador Daniel Alves.
Agora, é esperado que Carlos Muniz funcione aprofundando a rede de apoios ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), a depender das articulações, dentro do Palácio Thomé de Souza, por ocupação de novos espaços pelos membros do PSDB.
Por sua vez, a legenda já deixou claro que, como ficou maior, deseja rediscutir a relação com o prefeito, assim como manter o comando do Legislativo soteropolitano com o próprio Muniz, a depender do resultado das urnas nas eleições de 2024.