Caso o governador Rui Costa (PT) não faça a suplementação orçamentária este ano, poderá acontecer demissões em gabinetes dos deputados estaduais.
Depois que o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), aprovou o reajuste de 18% em março. Com as contas apertadas, o governador havia anunciado, na época, que talvez não pudesse conceder o suplemento
solicitado. Agora, a Assembleia tem estudado diversas formas para evitar a redução da verba e, consequentemente, desgastes entre o governo do Estado e os parlamentares. A verba de gabinete passou de R$ 78 mil para R$ 92 mil.
O deputado Robinho (PP) falou sobre a possibilidade de conflito. “O jeito é travar a pauta de votação até que liberem”, disse. Ele revelou, ainda, que a suplementação foi ponto de acordo para a votação do projeto que utiliza parcelas de depósitos judiciais e extrajudiciais para capitalização do Funprev e para pagamentos de precatórios e de requisições judiciais de pequeno valor.
O deputado estadual Marcel Moraes (PV) admite que, caso a verba seja reduzida, terá que demitir pessoas em seu gabinete. “Não deixa de ser um desgaste, porque você faz um compromisso, bota pessoas para trabalhar. Vamos ter que escolher. Acredito no bom senso do governador, muito embora ele já havia anunciado que as contas estavam apertadas e que talvez não fosse possível conceder a suplementação orçamentária”.
Já o líder do governo, deputado Zé Neto, preza pelo diálogo. “Rui é um homem sério e comprometido e que está muito ligado na situação das contas. Se tiver um ruído ou outro vamos enfrentar" disse.
( Foto: Reprodução//Site Acorda Cidade)
