Política

Freixo deixa PSB para se filiar ao PT: "Não me enxergo mais"

Segundo Freixo, sua decisão foi tomada ainda em outubro, quando perdeu a eleição ao governo do Rio de Janeiro

Ricardo Stuckert/PT
Ricardo Stuckert/PT

Um dos mais proeminentes quadros da esquerda progressista da última década, o ex-deputado federal e agora presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo comunicou a sua saída do PSB para se filiar ao PT.

A sua passagem pelo PSB foi meteórica e durou apenas seis meses. Ele havia decidido se filiar à sigla após PSOL, que foi a base da sua trajetória na política, para ter mais força na disputa pelo Governo do Rio de Janeiro contra Cláudio Castro (PL).

Freixo acabou derrotado no primeiro turno pelo governador bolsonarista, mas foi um dos importantes nomes que compuseram a frente ampla democrática de apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-psolista deixa o PSB com críticas e depositando as esperanças de ter mais condições de crescer no maior partido de centro-esquerda do Brasil.

"Preciso estar num lugar que tenha construção partidária, coisa que não teve no PSB. Um lugar que tenha trabalho de base. Era o que eu queria fazer no PSB, mas não foi possível, não era esse o projeto. Minha conversa com o PT é para fazer esse processo de formação política e construir uma frente democrática ampla liderada pelo partido onde eu possa ajudar", disse o carioca em entrevista ao Globo.

Segundo Freixo, sua decisão foi tomada ainda em outubro, quando perdeu a eleição ao governo. No entanto, diz que optou por só entregar a carta ao presidente do partido, Carlos Siqueira, no dia 30 de dezembro. Ele não queria que o movimento de ida ao PT soasse como uma tentativa de angariar um ministério.

Conhecido pela CPI das Milícias no Rio de Janeiro, Freixo quer continuar sendo uma referência do antibolsonarismo no estado e ajudar a eleger representantes para "enfrentar esse movimento na fonte".