Jornal da família Frias, que apoiou o golpe de 2016 e rejeitou o esforço fiscal proposto por Joaquim Levy no governo Dilma, com a volta da CPMF, agora reconhece que novos impostos serão inevitáveis em 2018, com o rombo provocado pela depressão econômica de Michel Temer e Henrique Meirelles.
As contas públicas federais terão em 2016 o pior resultado da nossa história. A julgar pela última estimativa do governo, será um rombo de R$ 166,7 bilhões.
Enquanto isso, a recessão não dá trégua. O ano termina com notícias ruins por toda parte, das vendas em queda no Natal ao desemprego crescente, passando pela paralisia recorde na indústria e pela redução das projeções do PIB de 2017.
Os dois temas —o colapso da atividade econômica e a piora continuada das contas públicas— estão ligados e se reforçam mutuamente.
O gatilho recessivo foi disparado pela leniência com os gastos e pela destruição da capacidade financeira do Estado. A desconfiança quanto à solvência do governo estimulou as altas do dólar e dos juros, o que provocou a retração do crédito e da confiança em geral.
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