Política

Flordelis diz que abusos motivaram assassinato de Anderson: “só sentia prazer se me machucasse”

Este é o sexto dia de julgamento

Brunno Dantas/TJ-RJ
Brunno Dantas/TJ-RJ

O sexto dia do julgamento da ex-deputada Flordelis pela morte do seu marido, Anderson do Carmo, está acontecendo neste sábado (12). Na ocasião, ela começou a ser ouvida e afirmou que a motivação do crime teriam sido “os abusos” ocorridos em sua casa. 

“É muito difícil para mim falar, mas foi a ciência dos abusos que aconteceram dentro da minha casa”, defendeu.

O depoimento durou cerca de 40 minutos, no Fórum de Niterói, no Rio de Janeiro. Flordelis alega ter sido agredida e abusada por Anderson.

“O meu marido só sentia prazer se me machucasse, ele me machucava, ele só chegava a vias de fato se me machucasse. Eu achava que era por problemas familiares de quando ele era criança e eu me sujeitava, porque eu aprendi com minha mãe, que era submissa. Ela dizia que se o marido fizesse algo, tinha que tentar resolver as coisas”, disse.

Flordelis é acusada de ser a mandante do homicídio, mas nega o crime e diz que está pagando por algo que não cometeu.

“Não tenho que pagar pelos erros de ninguém. Há três anos pago por uma coisa que não fiz. Estou sendo chamada de mandante do assassinato da pessoa que mais amei na vida”, lamentou.

Em depoimento, Flordelis diz que não pode acusar ninguém, mas cita os dois filhos condenados, Flávio e Lucas.

“Não posso acusar ninguém. Não estava no local, não vi”, disse. 

Flávio dos Santos Rodrigues, acusado de atirar no padrasto, foi condenado a 33 anos e dois meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento ilegal e associação criminosa armada.

Já Lucas Cézar dos Santos Souza foi condenado a 7 anos e meio por homicídio triplamente qualificado. Ele teria comprado a arma do crime. A pena de Souza foi reduzida por ter colaborado com as investigações.