Política

Filho de judeus, Jaques Wagner repudia criação de partido nazista

O petista classificou como "preocupante" que ideais como estes sejam propagados por "pessoas ditas influenciadoras", e que o nazismo é uma ideologia "autoritária" e "segregadora"

Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Filho de judeus, o senador baiano Jaques Wagner (PT) repudiou as declarações do apresentador do Flow Podcast, Monark, e do deputado federal Kim Kataguiri (DEM), que defenderam do direito à criação de partidos nazistas.

O petista classificou como "preocupante" que ideais como estes sejam propagados por "pessoas ditas influenciadoras", e que o nazismo é uma ideologia "autoritária" e "segregadora".

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou que é contra a criminalização de partidos nazistas. Segundo o parlamentar, por mais "absurda" que seja a tese supremacista, é preciso que a liberdade de expressão seja soberana.

Já Monark, que apresenta o Flow, a "direita radical" deveria ter o mesmo espaço da "esquerda radical" dentro do debate político.

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei", opinou Monark, que no momento debatia o assunto com Kataguiri e Tábata Amaral.

Wagner, ex-governador da Bahia e pré-candidato ao Palácio de Ondina este ano, anunciou a convocação de uma audiência no Senado Federal na próxima quinta-feira (10) em memória às vítimas do Holocausto.