Política

Filho de Bolsonaro dribla Justiça após ofensa a professores; veja quem

Oficiais descrevem ao menos sete tentativas frustradas, com 'informações desencontradas e imprecisas' dos funcionários

Reprodução/Flickr
Reprodução/Flickr

Com uma "pegada" de camisa 10 da Seleção, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem driblado constantemente à Justiça após o parlamentar, em discurso realizado em junho deste ano, ter comparado o que chamou de "professores doutrinadores" a traficantes de drogas.

Em evento pró-armas, o liberal disse que "não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime" e que "talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo o tipo de relação".

Conforme a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) não tem conseguido intimar o deputado para responder a queixa-crime sobre o assunto. Até agora, foram  ao menos sete tentativas de intimar o deputado, sem sucesso. 

Em relato enviado à Corte, as oficiais dizem que receberam "informações desencontradas e imprecisas" dos funcionários do deputado e afirmam que nunca conseguiram ter acesso a ele nas "múltiplas diligências feitas em seu gabinete e nos plenários".

Na certidão, elas relatam que ouviram de funcionários de Eduardo diversas promessas de que ele estava prestes a chegar que nunca se concretizavam, além de sugestões para ficassem indo e voltando ao gabinete durante todo o dia ou que "aguardassem no corredor durante o dia todo até que ele aparecesse".

Assim, após sucessivas diligências infrutíferas, elas decidiram devolver o mandado ao ministro sem cumprimento.