A ex-primeira-dama da Bahia, Fátima Mendonça, revelou alguns dos bastidores pela escolha do nome do senador Jaques Wagner (PT) ao Governo do Estado, em 2022 – no final, ficou decidido por Jerônimo Rodrigues, que acabou eleito – e afirmou que o parlamentar quase recebeu uma rasteira dos correligionários.
Segundo ela, o petista teve o nome considerado sem ele saber e questionou a falta de comunicação entre os membros da sigla e o próprio Jaques Wagner.
"Ele ficava ali segurando o grupo para não desunir. Eu dizia a ele [Wagner]: 'você não merece isso, tem tanta gente mais nova'. É um retrocesso, o homem [é] senador da República. Que nada, [tem que alçar] outros vôos, outras coisas, mas ser governador? Não entendo como seria. E Rui [Costa] seria o que?", afirmou Fátima Mendonça em entrevista ao MetroPod, da rádio Metrópole FM, nesta segunda-feira (20).
"Ficam fazendo as coisas, arrumando os desenhos e não comunicaram a ele. Mas ele não é bobo, nem nada. Faltou conversar. Acho que passou na cabeça: 'ah, vamos passar uma perninha nele', talvez", completou a ex-primeira-dama da Bahia.
Erros de ACM Neto
Outro assunto questionado a Fátima Mendonça foi a estratégia adotada durante a campanha eleitoral pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), que acabou sendo derrotado por Jerônimo Rodrigues (PT). Para ela, o secretário-executivo do União Brasil cometeu diversos erros que contribuíram para o revés nas urnas.
"Acho que [ACM] Neto errou muito, essa campanha dele toda. Acho que ele ficou muito ansioso com essa história de Lula vir [à Bahia], de não ganhar no primeiro turno… acho que a derrota dele foi no primeiro turno, foi não ganhar no primeiro turno", avaliou.