Conversas encontradas por aplicativo de mensagens mostram que a ex-chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, compartilhou informações sigilosas com familiares de dois investigados na Operação Faroeste, que apura um suposto esquema de venda de sentenças, envolvendo grilagem de terras no oeste da Bahia.
Segundo informações do relatório da PF sobre o material apreendido, indica que a ex-chefe do MP baiano vazou informações sigilosas sobre o processo para irmã de uma das suspeitas da investigação com mandato de prisão.
Sara Mandra Rusciolelli foi uma das que teve informações privilegiadas. As conversas entre Lousado e a família Rusciolelli foi através de Mandra para dar instruções a Sandra Inês Rusciolelli, desembargadora investigada na Operação Faroeste que, em março de 2020, foi presa com o filho, o bacharel em direito Vasco Rusciolleli, por suspeita de venda de decisões judiciais.
Segundo o relatório da PF, em uma das conversas, Sara Mandra já se mostrava preocupada com a situação da irmã, quase três anos antes da prisão dela.
Em setembro de 2017, Sara Mandra revelou que não sabia exatamente quais eram as investigações contra a irmã, e Ediene Lousado prometeu que ajudaria a descobrir mais coisas, mas pediu sigilo sobre o caso.
Em setembro de 2017, Sara Mandra revelou que não sabia exatamente quais eram as investigações contra a irmã, e Ediene Lousado prometeu que ajudaria a descobrir mais coisas, mas pediu sigilo sobre o caso.
Em outra conversa, Sara Mandra perguntou quem passava as informações para Ediene Lousado e a ex-chefe do MP baiano respondeu que era uma pessoa do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, lotado na Procuradoria Geral da República (PGR).
Num outro momento, Sara Mandra revelou que estava preocupada que as denúncias estivessem relacionadas as decisões da irmã sobre os conflitos no oeste e Ediene disse que não.
De acordo com Ediene Lousado, seriam coisas anteriores e que quando falou com o interlocutor dela na PGR, a última decisão referente à operação ainda não tinha sido divulgada.
Em outra conversa, Sara Mandra perguntou quem passava as informações para Ediene Lousado e a ex-chefe do MP baiano respondeu que era uma pessoa do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, lotado na Procuradoria Geral da República (PGR).