Política

Fábio Faria afirma que se arrependeu de falar sobre inserções em rádios

Uma das emissoras de rádio pertence a Robson Faria, pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria

Clauber Cleber Caetano / PR
Clauber Cleber Caetano / PR

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que se arrependeu de convocar entrevista coletiva onde denunciou que rádios do Nordeste não estavam transmitindo inserções da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, Faria admite que houve falha do partido, e pontua que queria que o Tribunal Superior Eleitoral desse a Bolsonaro o mesmo número de inserções, que supostamente estaria desigual.

Ele pontuou ainda que o problema foi descoberto faltando pouco tempo do dia da eleição e iniciou diálogo com o TSE sobre o assunto. Faria percebeu o tamanho do problema quando surgiram os pedidos de adiamento das eleições por bolsonaristas.

"A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto […] Eu fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui o primeiro a repudiar", disse Faria.

A emissora Agreste FM, que pertence a Robson Faria, pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria, é citada, entre outras 990 emissoras, na denúncia sobre boicote em inserções de rádio da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Entretanto, segundo Fábio, a Agreste é administrada por Cid Arruda, que apoia a eleição do petista. Ele disse ainda, segundo o site O Antagonista, que o dado reforça a “isenção do material apresentado pela campanha ao TSE”.