Política

Ex-segurança de Lula que admitiu ser ‘capataz’ de reformas e portador ‘envelopes de dinheiro’ é absolvido

Rogério Aurélio Pimentel, ex-segurança de Lula que afirmou ter sido o ‘capataz’ das reformas do sítio em Atibaia

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Rogério Aurélio Pimentel, ex-segurança de Lula que afirmou ter sido o ‘capataz’ das reformas do sítio em Atibaia, foi absolvido pela juíza federal Gabriela Hardt da acusação de lavagem de dinheiro. Na mesma sentença, a magistrada condenou o ex-presidente a 12 anos e 11 meses pelas supostas propinas das empreiteiras OAS, Schahin, e Odebrecht no valor de R$ 1 milhão referentes às reformas no imóvel. Segundo a magistrada, ‘não há prova acima de dúvida razoável de que Rogério Aurélio tivesse ciência de que os valores usados na reforma tinham origem ilícita’. “Todos os elementos probatórios indicam que se tratava de mero ‘faz tudo’ do ex-presidente e sua esposa. Por tal razão, absolvo-o das imputações realizadas no tópico”, anotou.

Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato, Pimentel teria ajudado a ocultar as supostas vantagens indevidas da OAS, Odebrecht e Schahin, quando tocou as reformas no sítio. Em alegações finais, ele afirma que ‘não participou da ocultação de patrimônio ou valor algum, apenas foi-lhe determinado funcionar como “capataz” na reforma do famigerado sítio, ou seja, ver o andamento da obra e informar à Primeira-dama’. Pimentel também confirmou a movimentação de dinheiro em espécie da Odebrecht em meio às necessidades das obras no sítio. “Se o Réu não sabia sequer as quantias que continham nos envelopes, tampouco possa se esperar que soubesse de eventual origem ilícita dos valores”. “Enquanto o Ministério Público acredita que o réu [Rogério Aurélio Pimentel] tenha sido partícipe de um grande plano de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, sendo o responsável pela obra, na verdade este era apenas, e tão somente, o mensageiro das demandas”, afirmaram os advogados de Pimentel.

A sentença de Gabriela Hardt tem 360 páginas. Também foram condenados os empresários José Adelmário Pinheiro Neto, o Léo Pinheiro, ligado a OAS, a 1 ano, 7 meses e 15 dias, o pecuarista José Carlos Bumlai a 3 anos e 9 meses, o advogado Roberto Teixeira a 2 anos de reclusão, o empresário Fernando Bittar (proprietário formal do sítio) a 3 anos de reclusão e o empresário ligado à OAS Paulo Gordilho a 3 anos de reclusão. A juíza condenou os empresários Marcelo Odebrecht a 5 anos e 4 meses , Emilio Odebrecht a 3 anos e 3 meses, Alexandrino Alencar a 4 anos e Carlos Armando Guedes Paschoal a 2 anos. O engenheiro Emyr Diniz Costa Junior recebeu 3 anos de prisão. Todos são delatores e, por isso, vão cumprir as penas acertadas em seus acordos.

Estadão // AO