O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli (PT), acredita que os preços exorbitantes do combustível por todo o país é uma tendência que vem desde 2016 no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Gabrielli também afirma que não terá cargo político em um possível governo Lula (PT), no ano que vem. Ele esteve presente no evento de anúncio da chapa majoritária governista, que acontece nesta quinta-feira (31), no Wet, na Avenida Paralela, com a presença do ex-presidente Lula.
“Eu acho que houve uma opção do governo Temer, de 2016 para cá, de fazer o país ficar dependendo da importação de derivados. As refinarias e a construção de novas foram paradas e se autorizou a criação de 400 empresas para importar derivados, aí o país ficou dependendo do preço internacional, e o povo está sofrendo, mas os acionistas da Petrobras estão ganhando”, ponderou.
José Sérgio, que presidiu a estatal entre 2005 e 2012, é acusado de superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Em 2018, os envolvidos foram multados em cerca de R$ 1,95 bilhão, pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A Controladoria-Geral da União (CGU) também cassou a aposentadoria que o ex-presidente da Petrobras recebia como professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“Eu sou vítima de uma má fé, tenho várias acusações do mesmo tipo, administrativas, e utilizando a lógica de domínio do fato, como eu era presidente da Petrobras eu deveria saber de tudo, e estou sendo punido por isso. Mas não há nenhuma acusação criminal e direta sobre isso”, afirmou.
Sobre um possível cargo político no governo do pré-candidato e ex-presidente Lula, Gabrielli nega. “Eu sou um homem velho, e não preciso ter cargo. Sou um militante político permanente”.
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