Um ex-executivo da Odebrecht disse que negociou entrega de dinheiro para o PMDB pessoalmente com o ministro licenciado da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Na sexta (10), o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, ouviu novos depoimentos e duas acareações no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Os depoimentos de três testemunhas e as duas acareações mobilizaram cinco tribunais do país. Os delatores da Lava Jato foram ouvidos por videoconferência.
A primeira acareação foi entre o empreiteiro Marcelo Odebrecht, Benedicto Júnior, que era uma ponte da empresa com políticos, e Hilberto Mascarenhas, que comandou o setor de operações estruturadas da Odebrecht, conhecido como departamento de propina. Eles foram questionados sobre os gastos da empresa com campanhas eleitorais na última eleição.
Os depoimentos foram sigilosos, mas a TV Globo apurou com diversas fontes que Marcelo Odebrecht voltou a dizer que nos cálculos dele foram destinados R$ 150 milhões, divididos entre caixa um e caixa dois, para campanhas do PT, inclusive a presidencial. Benedicto Júnior afirmou que o valor destinado para todas as campanhas que a Odebrecht ajudou a financiar chegou a 200 milhões.
(G1) (AF)