Política

Ex-ministros pedirão ao Congresso para criar comissão e discutir combate ao desmatamento

Ao blog, a ex-ministra Marina Silva disse que a proposta será apresentada nos próximos dias aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente. â?? Foto: Reprodução/EPTV

Diante das queimadas na Amazônia, ex-ministros do Meio Ambiente iniciaram uma mobilização para pedir ao Congresso Nacional que faça uma espécie de "moratória" a projetos considerados "anti-ambientais" e crie uma comissão para debater medidas de combate ao desmatamento.

Ao blog, a ex-ministra Marina Silva disse que a proposta será apresentada nos próximos dias aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"É preciso dar um forte sinal interno de que não haverá qualquer conivência. Mais importante do que a reação internacional, de fora para dentro, são as ações que precisamos tomar internamente", disse Marina.

A ex-ministra está na Colômbia, onde participou de um evento na Universidade dos Andes. Segundo Marina Silva, houve forte questionamento sobre a situação no Brasil.

Mobilização da sociedade
De acordo com Marina Silva, o movimento dos ex-ministros também visa mobilizar setores da sociedade.

"No passado, o Brasil era o vilão e nós nos tornamos parte da solução. Agora, a única forma de reverter isso é com a participação de todos, inclusive de empresários do agronegócio que são responsáveis, para que dizer que o Brasil não está participando dessa barbárie", disse.

Na opinião da ex-ministra, o Brasil está em uma situação "muito pior" se comparada às décadas de 1980 e 1990. Isso porque, segundo ela, há propostas de dispensa de licenciamento para o desmatamento; redução da reserva legal de unidades de conservação; e mineração em terras indígenas.

"A prática do ministro [do Meio Ambiente] Ricardo Salles é de desestruturar órgãos de controle e isso deu sinal muito forte para os contraventores", afirmou Marina ao blog.

"O ministro não tem legitimidade porque tem feito apologia da ilegalidade", acrescentou.

G1 // AO