O controle do PTB voltou às mãos de Roberto Jefferson. Seu ex-genro, o deputado estadual Marcus Vinícius Vasconcelos Ferreira, conhecido como Neskau, foi escolhido para presidir à sigla, que estava sob comando de Graciela Nienov.
Graciela estava na presidência desde que Roberto Jefferson foi preso pela Polícia Federal acusado de participar de uma milícia digital que coordenava ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e organizava atos antidemocráticos.
Enquanto esteve à frente do PTB, Graciela foi duramente criticada pela filha de Jefferson, Cristhiane Brasil, e acusada de desviar verbas e de tentar vender o partido para Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Neskau está no PTB há mais de 25 anos e era um dos vice-presidentes nacionais da legenda. Ele foi casado com Fabiana Jefferson, filha do veterano condenado no Mensalão, e também já foi investigado e preso num desdobramento da Lava Jato, a operação “Furna da Onça”, acusado de receber propinas mensais de congressista.
Em nota, o partido disse que ele assume o comando "com o objetivo maior de fortalecer a legenda na eleição de 2022, aumentar as bancadas estadual e federal de parlamentares e buscar a união e o diálogo no partido, mantendo o respeito com todas as instituições.”
Cristiane Brasil comemorou a decisão do diretório nacional de trocar a presidência e garantiu que "o grupo dos secretos" será em breve expulso do partido.