Ex-diretor da Sudesb e filiado ao PCdoB, Emilson Piau teve sua pena por injúria racial aumentada. Antes sua punição estava fixada em um ano e quatro meses de detenção em regime aberto. Agora, a Justiça estabeleceu a pena em cinco anos e quatro meses de detenção em regime semiaberto.
A alteração representa, segundo o advogado e militante do movimento negro Marinho Soares, "a condenação da história brasileira a um racista".
A decisão é do juiz Antônio Silva Pereira, da 15ª Vara Criminal de Salvador, que negou um recurso apresentado por Piau.
Exoneração – Após pressões dos mais diversos entes, Emilson Piau foi exonerado em abril do cargo que ocupava na Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb).
Após a nomeação dele, o movimento negro e o Ministério Público da Bahia (MPBA) fizeram pressão junto ao Governo do Estado cobrando explicações para a nomeação de Piau na Sudesb – antes do órgão vinculado à Secretaria estadual do Trabalho, Renda e Emprego (Setre), ele estava ocupando um cargo na Fundação da Criança e do Adolescente do Estado da Bahia (Fundac).