O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, acaba de chegar à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para depor no caso das supostas fraudes na emissão de certificados de vacinação contra a covid-19.
Cid é suspeito de ser responsável pelos certificados de vacinação no nome dele e de sua esposa; bem como do ex-presidente Bolsonaro e de sua filha menor de idade.
A PF quer obter também esclarecimentos sobre indícios obtidos durante a Operação Venire, segundo os quais Cid teria feito movimentações financeiras para pagar dívidas da família de Bolsonaro.
Deflagrada no dia 3 de maio, a operação teve como um dos alvos de mandado de busca e apreensão a residência do ex-presidente Bolsonaro, que foi ouvido na tarde de terça-feira (16), por cerca de três horas e meia, pela PF.
A imunização teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021. De acordo com o município, apesar de haver o registro do sistema Vacivida com o CPF de Bolsonaro, a UBS nunca fez atendimento de saúde ao ex-presidente, nem recebeu o lote da vacina citado no registro. Além disso, a profissional registrada como suposta vacinadora nunca trabalhou naquela unidade.
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou haver uma investigação preliminar sumária (IPS) em curso, iniciada nos últimos dias do governo anterior, envolvendo denúncia de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.