Política

'Eu não entrei no governo para sair', diz Moro após reveses com Bolsonaro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ao programa "Em foco" que é "provável" que fique na pasta os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro.

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ao programa "Em foco" que é "provável" que fique na pasta os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro. O programa vai ao ar na quarta-feira (4), às 21h30, na GloboNews.

Perguntado se ficaria o período todo do mandato, após os recentes reveses com o presidente, o ministro disse que era uma possibilidade, mas que havia muitas especulações e que seu destino a ele pertencia. "Não tem destino traçado".

Em seguida, ele afirmou: "Possível, não, provável: eu não entrei no governo para sair. Entrei para ficar".

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro disse que poderia trocar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), que é subordinada ao Ministério da Justiça. Bolsonaro disse, ainda, que quem indica o comando da PF é ele, e não Moro.

As declarações de Bolsonaro contrariam o que o presidente garantiu no ano passado quando comunicou a escolha de Sergio Moro para o ministério. Ainda em 2018, Bolsonaro disse que o futuro ministro teria "carta branca" para nomear e conduzir ações de combate ao crime organizado e à corrupção.

Questionado na mesma entrevista, sobre a fala de Bolsonaro relativa a indicações na PF, Moro disse que não é chefe da corporação.

"Não, não sou o chefe da Polícia Federal de forma nenhuma. A única pessoa que eu indiquei foi o diretor da Polícia Federal."

O que mudou na relação de Bolsonaro e Moro
Eleições 2022
Ao programa "Em Foco" ministro também falou que não se vê como adversário político de Jair Bolsonaro em 2022. "De forma nenhuma, de forma nenhuma."

Questionado se não tinha a intenção de disputar a Presidência da República, Moro afirmou que não tem o "perfil". Disse que foi para o governo por uma "missão técnica" e que, para ele, parece "claro" que o candidato do governo em 2022 é Jair Bolsonaro. "Seria impróprio pensar de maneira diferente."

G1 // AO