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"Era importante fazer a compensação", explica Jerônimo sobre aliança com MDB na Bahia

De acordo com o petista, além do interesse a partir do "programa de governo", o grupo do PT precisava repor uma das três bases do tripé que formava ao lado do PP e PSD

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

A aliança do MDB com o PT na Bahia tem sido alvo de contestações, principalmente pelo histórico dos irmãos Vieira Lima, que ressurgiram no cenário político. Pré-candidato petista ao governo do estado, Jerônimo Rodrigues tenta deixar separadas as questões pessoais das necessidades e estratégias políticas-partidárias.

De acordo com o petista, além do interesse a partir do "programa de governo", o grupo do PT precisava repor uma das três bases do tripé que formava ao lado do PP e PSD. O Progressistas rompeu com o PT, em movimento liderado pelo vice-governador João Leão, incomodado com a condução de articulação para o lançamento da chapa majoritária.

Com a saída do PP, abriu espaço para o retorno do MDB, que foi aliado antigo do PT no estado, inclusive com a vice em 2006, com o ex-deputado Edmundo Pereira.

"Nós tratamos com o MDB na Bahia e Lula está tratando com o MDB no Brasil, a partir de um programa de governo, que norteia a gente. Claro que tem política, naquele momento havíamos perdido um partido e era importante fazer uma compensação. Dialogamos com o partido para fazer essa compensação política", disse.

Para Jerônimo, as críticas que vêm do lado de ACM Neto são infundadas, já que até pouco tempo atrás o MDB fazia parte do rol de partidos que apoiam o ex-prefeito de Salvador.

"Quando o MDB estava do outro lado, servia. Agora, no campo da gente, não serve mais?", indagou.