Eleições

Enrolada na Justiça, ex-prefeita do 'agulhão' tenta voltar à AL-BA

São 13 acusações na Justiça Federal. Destas, cinco versas sobre improbidade administrativa

Alberto Coutinho / GOV BA
Alberto Coutinho / GOV BA

Ex-prefeita de Porto Seguro e conhecida nacionalmente no caso do "agulhão", quando fora flagrada confessando a vontade de fazer um desvio de R$ 1 bilhão em uma obra, Claudia Oliveira (PSD) anexou à sua declaração de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um longa ficha de processos. 

São 13 acusações na Justiça Federal. Destas, cinco versas sobre improbidade administrativa, que é o ato de ausar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito. 

Está na declaração da política a Opera Fraternos, que fez com que ela e seu marido, o ex-prefeito de Eunápolis Robério Oliveira, passassem alguns dias presos. Eles foram acusados pelo Ministério Público Federal de patrocinarem fraudes milionárias em contratos da gestão.

Quando a Operação Fraternos foi iniciada, a PF informou que os contratos fraudados somavam R$ 200 milhões

O Agulhão — Já deputada estadual, em 2012 Claudia Oliveira apareceu em um vídeo  falando sobre a necessidade de construção de uma ponte, com custo de R$ 2 bilhões e afirmando um possível desvio de R$ 1 bilhão desse recurso fez com que ela se explicasse sobre a situação nesta quinta-feira (23).

Durante a gravação, a parlamentar simula um discurso voltado para os eleitores enquanto caminha sobre uma ponte improvisada com amigos e com o marido, que é prefeito de Eunápolis, cidade vizinha a Porto Seguro.

"Estou visitando aqui meu povo, povo da periferia. Eu colocarei emendas, farei projeto para uma ponte que vai beneficiar aqui toda a comunidade. Uma ponte onde serão investidos dois bilhões. Um bilhão eu fico", comentou Cláudia olhando para a câmera. O seu marido ainda a alerta para a gravação. "Ó, tá gravado, viu? Tá gravado tudo aqui. Tá tudo gravado e eu vou botar na Globo. Nessas coisas que sai", disse ele, na época da filmagem.

De acordo com a deputada, o seu marido gravou o vídeo no celular em 2010. Ela alega que o aparelho foi furtado e que no trecho em que ela teria falado sobre o desvio de R$ 1 bilhão alguma pessoa teria feito alteração no que realmente teria dito. “A gente estava falando a respeito dos peixes. Dizíamos que iríamos comer os peixes e que depois iria comer o agulhão. E eles fizeram essa montagem", disse.