Nos próximos dias, o governo brasileiro deve ter uma reunião com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, para discutir as eleições país vizinho, agendadas para o dia 28 de julho.
O contato inicial, de acordo com o G1, partiu da embaixada venezuelana, que ligou para o Palácio do Planalto na última quarta-feira (27) expressando o desejo de uma reunião. A notícia foi divulgada pela coluna de Lauro Jardim, no "Jornal O Globo", e confirmada pela TV Globo e GloboNews.
No mesmo dia, o governo brasileiro emitiu uma nota manifestando "preocupação" com a impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris, figura proeminente da oposição ao regime do presidente Nicolás Maduro. A situação também gerou reações de outras nações.
Na quinta-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado histórico de Maduro, caracterizou a situação no país como "grave".
Segundo diplomatas do Itamaraty, o objetivo da diplomacia venezuelana é "tentar acalmar as coisas", especialmente após o governo de Maduro ter publicado uma nota na terça-feira (26) criticando o posicionamento brasileiro em relação às eleições venezuelanas.
Os venezuelanos afirmaram que a posição brasileira era intervencionista, "nebulosa e parecia ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".
