O MBL (Movimento Brasil Livre), um dos movimentos que capitanearam as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, vai lançar 16 dos coordenadores como candidatos.
Destes, oito concorrerão a uma vaga na Câmara dos Deputados, sete para as Assembleias Legislativas e uma em chapa majoritária, como vice-governadora.
Como a Folha antecipou em março, Kim Kataguiri, a principal face midiática do grupo, é uma das apostas do MBL para chegar a Brasília pelo DEM.
A legenda, que nacionalmente faz parte da aliança de Geraldo Alckmin (PSDB) é a que mais abrigará candidaturas do movimento: serão quatro coordenadores, entre federais e estaduais.
Dois deles são o youtuber Arthur "Mamãefalei", que tenta uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, e Mônica Bahia, vice na chapa do ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo ao governo baiano.
As candidaturas do MBL serão abrigadas em nove siglas, a quatro delas parte da coligação em torno do candidato tucano: além do DEM, PSDB, PR e PP.
Coordenadores também sairão pelo Novo (que tem João Amoêdo como candidato), PSC, que apoia o senador Alvaro Dias (Podemos), MDB de Henrique Meirelles e Pros —este, unido nacionalmente com o PT.
Pelo último partido, parte da coligação "O Povo Feliz de Novo" do ex-presidente Lula, o MBL pretende eleger o vereador de Maringá Homero Marchese como deputado estadual no Paraná.
Apesar das coligações, o movimento afirma que não apoiará nenhum candidato à Presidência no primeiro turno.
Além dos candidatos próprios, o grupo também afirma ter o apoio de outros 11 políticos que concorrerão nas eleições de 2018.
Entre eles estão apoiadores notórios do MBL, como os membros da bancada evangélica Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que tenta a reeleição na Câmara, ou Marcos Rogério (DEM-RO), que tentará uma vaga no Senado.
Em 2016, em sua primeira eleição, o MBL elegeu um prefeito e sete vereadores. Entre eles, Fernando Holiday (DEM-SP), que recebeu 48 mil votos.
Folhapress // ACJR