Preso pela Operação Lava-Jato desde setembro de 2016, o ex-ministro Antonio Palocci vem negociando em sigilo um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
Depois de tentar, sem sucesso, reduzir sua pena a partir de tratativas com os procuradores da Lava-Jato, a mudança de balcão foi a forma encontrada pelo ex-ministro petista para tentar abreviar seu período na prisão. Uma fonte com acesso privilegiado às negociações as tratativas estão avançadas e terão um desfecho, no mais tardar, já em maio.
Palocci promete revelar na delação alguns dos principais clientes de sua empresa de consultoria. Ele confessaria ter usado sua influência para favorecer esses clientes no governo em troca de milionárias propinas
Palocci citaria pelo menos dois bancos, um deles com grande atuação varejista no país. O ex-ministro também faria revelações sobre integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), um dos alvos centrais da Operação Zelotes, e ainda incluiria nomes de dois ministros de tribunais superiores.
A Operação Lava-Jato desbaratou grupos no Executivo e no Legislativo, mas não obteve sucesso nas tentativas de entrar na seara do Judiciário.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por sete votos a quatro, negou nesta quinta,12, o pedido de liberdade ao ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Preso preventivamente desde setembro de 2016, Palocci foi condenado em junho de 2017 no âmbito da Operação Lava Jato.
O Globo//// Figueiredo