Política

Em reunião do PSDB, deputado diz haver pressão para apoio a Bolsonaro

A reunião da Executiva desta terça-feira, 17, foi marcada por críticas a Doria e haverá pressão para que ele desista da disputa ao Palácio do Planalto

Anderson Riedel/PR
Anderson Riedel/PR

O secretário-geral do PSDB, deputado Beto Pereira (MS), disse nesta terça-feira, 17, que colegas do partido no Mato Grosso do Sul se sentem “desconfortáveis” em não estar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial deste ano.

Na reunião da Executiva Nacional do PSDB, Pereira reclamou da pré-candidatura do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) à Presidência. O deputado disse que a alta rejeição de Doria atrapalha o também tucano Eduardo Riedel, que vai concorrer ao governo do Mato Grosso do Sul e tenta uma aliança com Tereza Cristina (Progressistas-MS), ex-ministra de Agricultura de Bolsonaro e pré-candidata ao Senado.

“O que eu falei é que o Eduardo Riedel, também presente à reunião, está tendo um desconforto no Estado do Mato Grosso do Sul em não declarar apoio ao Bolsonaro em virtude da candidatura ao Senado da Tereza Cristina na sua chapa”, afirmou Pereira ao Estadão. Ele destacou, porém, que, diferentemente do conterrâneo, não apoiará a reeleição do presidente.

A reunião da Executiva desta terça-feira, 17, foi marcada por críticas a Doria e haverá pressão para que ele desista da disputa ao Palácio do Planalto. O ex-governador foi convocado para uma reunião com a cúpula do PSDB e governadores nesta quarta-feira, 18, mas resiste a comparecer. O objetivo do encontro é pressionar Doria, que venceu as prévias para a escolha do candidato do PSDB, em novembro do ano passado, a desistir do páreo. O partido está rachado. Uma ala quer lançar outro nome, que não o de Doria – os mais citados são o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o senador Tasso Jereissati – mas há quem defenda o apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS).